Anemia Falciforme
Alagoas tem 1ª Caminhada “O amor está no sangue”
Associação dos Falcêmicos de Alagoas realiza campanha de divulgação sobre a Doença Falciforme na orla de Maceió
Por: Helciane Angélica
(Jornalista – 1102 MTE/AL)
O dia 27 de outubro – Dia Nacional de Luta dos portadores de anemia falciforme – é uma data de grande importância no cenário nacional. A Associação dos Falcêmicos de Alagoas (AFAL) idealizou a 1ª Caminhada “O amor está no sangue” como parte integrante da mobilização, que será realizada amanhã (27.10), com concentração às 8h30 próximo à Pizzaria Vitória na Jatiúca.
Na caminhada estarão participando os portadores da doença falciforme (anemia falciforme); familiares e amigos dos pacientes; profissionais da saúde; lideranças de movimentos sociais e sociedade em geral. Em seguida, será realizada uma campanha sócio-educativa sobre a doença e distribuição de folhetos.
Segundo Vera Falcão, Presidente da AFAL, “é preciso sensibilizar a população e dar visibilidade na mídia sobre a doença falciforme, garantir o diagnóstico correto e melhores condições de tratamentos”. Para a execução desta caminhada, a Associação conta com o apoio do Ministério da Saúde, Vereadora Teresa Nelma, Coca Cola, Itagy e da ONG Anajô.
A AFAL foi fundada no dia 27 de setembro de 1999, é filiada à Federação Nacional das Associações das Pessoas com Doença Falciforme (FENAFAL), tem como missão: dar assistência aos portadores de anemia falciforme e lutar por seus direitos.
Anemia Falciforme
A anemia falciforme é o nome dado a uma doença hereditária, que provoca a deformação das hemácias (glóbulos vermelhos), desencadeando o formato semelhante a uma meia lua ou foice (de onde vem o nome da doença). Os glóbulos vermelhos são células ricas em hemoglobina, molécula que dá a cor vermelha ao sangue e tem a função vital de transportar o oxigênio dos pulmões aos tecidos, com o formato mutante tem dificuldade de se locomover nos vasos sanguíneos e possui vida útil limitada.
A doença originou-se na África e foi trazida as Américas pela imigração forçada dos negros escravizados, hoje é encontrada na Europa, Oriente Médio e regiões da Índia. No Brasil, cerca de 1 (um) em cada 8 (oito) afro-brasileiros tem o que é chamado de traço falcêmico (a hemoglobina é do tipo que predispõe à doença, mas não se manifesta).
Dentre os principais sintomas encontram-se: anemia comum (déficit de hemácias), fadiga, fraqueza, palidez, dificuldade de concentração e vertigens. Nos casos mais graves, pode causar também hemorragia, descolamento retiniano, priapismo, acidente vascular cerebral, enfarte, calcificações em ossos com dores agudas, insuficiência renal e pulmonar, dependendo da fase da vida. Em crianças, pode haver inchaço nas mãos e nos pés, causado pela obstrução de vasos naquelas áreas; são muitos magras e possuem problemas de crescimento; crises de dores e aumento drástico no número de infecções.
A doença não é contagiosa e não possui cura, porém existem vários tratamentos adequados inclusive para as formas mais graves. Para ser detectada basta apenas fazer um exame eletroforese de hemoglobina ou exame de DNA, e até mesmo no teste do pezinho. O desconhecimento da doença falciforme agrava a situação, provocando o diagnóstico errado e tardio, sendo uma das causas da mortalidade precoce ou do agravamento das condições de saúde.
Mais informações: Vera Falcão = (82) 8829-2139 / 3342-2424
Gostaria de saber se é possivel uma criança fazer o teste do pezinho e nele dar negativo para Anemia Falciforme e depois de 1 ano e 6 meses um diagnostico médico dizer q a criança tem a doença. Sendo a A.F hereditária não seria contráditório ela surgir em uma criança, cujos pais nao possuem a doença?? Estou vivendo esse Drama, e enquanto espero um segundo email confirmar a situação estou torcendo para que seja um erro pois nunca ouvi falar de alguém que adquiriu anemia falciforme,sem causa genérica.
Obrigada
Querida!
Nós nos somos especialistas nesta área, mas acreditamos que seja possível isso acontecer. Assim como, tem muitos profissionais que não sabem que pelo teste do pezinho é possível saber se tem a doença, também, existem aqueles que emitem o diagnostico preciso. Tem muitas crianças que crescem e convivem com a doença, sem saber que tem.
Também é muito comum ter pessoas que tem a anemia falciforme, mas não desenvolve a doença, ou seja, tem o traço falcêmico nas hemácias e não apresenta os sintomas. Então, pode ter alguém na família com essa característica. É claro que, se um dos pais tem a anemia falciforme a probabiliade é maior.
Olha, sugerimos que você procure a Associação de Anemia Falciforme no seu Estado, conversar com pessoas que possuem a doença e tirar suas dúvidas de forma mais precisa. Também pode entrar em contato com a Federação Nacional das Associações de Doença Falciforme (FENAFAL): coordenacaogeral.fenafal@gmail.com / comunicacao.fenafal@gmail.com.
Abraço
ANAJÔ