Especial: Mês da Consciência Negra
A Consciência Negra e sua representatividade
Marcélia Santos*
O Brasil é caracterizado pela diversidade étnica, e isso nos torna uma sociedade extremamente miscigenada. Somos formados basicamente por afro-descendentes, portugueses e os povos indígenas.
Embora essa concessão entre os povos, essa diversidade cultural, é fácil ver a hierarquia de classes entre estes povos. Trata-se de um problema não só histórico, mas também, com evidências maciças na atualidade, tornando uma sociedade desigual, ocasionando exclusão social, levando especialmente os afro-descendentes à marginalidade.
É claro que não vemos na mídia ou nas escolas alguém assumir que existe racismo no Brasil, temos ouvido até que isto foi banido daqui. É preciso despertar e não deixar que esta prática seja levada às crianças e abolir de vez as pequenas e “inocentes” piadas pejorativas sobre o povo negro. Por que muitas pessoas tratam Zumbi como um “negro fujão” e não como um herói? Será que se ele tivesse lutado por uma causa “branca” ele teria tal fama?
Aí é onde entra a escola, com o papel principal na formação de uma sociedade justa e igualitária, com oportunidades para todos e mostrar que não importa a cor, raça, gênero, religião, naturalidade, nacionalidade ou outra característica inerente ao ser humano. Somos diferentes na diversidade cultural, mas iguais como criaturas, pois todos temos necessidades fisiológicas, financeiras e etc.
Em ralação a justiça social, as entidades que lutam pela causa étnica-racial e social tem que ser mais valorizada. E a população não pode calar-se diante do racismo e preconceitos em geral, denunciando e lutando para pessoa ou grupo de pessoas que cometeram o crime sejam punidos com todos os rigores da lei. Seja por bem ou por mal temos que fazer valer a Consciência Negra em nosso país, não só como mais um dia de comemoração e sim como uma luta por um ideal na sociedade brasileira.
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* Formada em Administração de Empresas, é integrante da ONG Anajô