Parabéns malungos(as) pelos 30 anos!
Por: Helcias Pereira – Coordenador Nacional de Formação dos APNs e Presidente do Anajô
Como fogueirinhas os APNs se organizavam em inúmeros mocambos espalhados pelo Brasil, antes, sua maioria católica fazia ecoar ao som de tambores nos inúmeros encontros de formação, celebrações afros e mushakás, os cânticos:: “dança aí negro nagô”, “eu sou negro sim”, “ei meu pai quilombo” e outros. Ouvimos bispos como Dom Helder Câmara e Dom José Maria Pires (Dom Zumbi) clamando por “Mariama” para olhar e cuidar do seu povo, além de dizerem que não bastava a Igreja pedir perdão pelos males causados aos negros escravizados. Vimos padres e várias lideranças de congregações religiosas portando “filás” e “abadas” brancos e/ou coloridos; cantando e dançando circularmente ao som de tambores; abraçando com alegria e respeito o seu semelhante ao som do refrão “um abraço negro, um sorriso negro, trás felicidade…”. Posteriormente, era possível ver negros e não negros envolvidos nesse novo jeito de celebrar a vida, sobretudo, pessoas das Igrejas Batista, Metodista, Anglicana e principalmente das religiões de matriz africana.

