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Anajô participa da live realizada pela UNIT
No dia 13 de novembro ocorreu a live organizada pelo Núcleo de Apoio Pedagógico e Psicossocial do Centro Universitário Tiradentes (Unit), por meio do Núcleo (Napps), com o tema “Precisamos falar sobre racismo”. A atividade também respeitou à acessibilidade e contou com intérprete de libras em tempo real.
O Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô foi o convidado especial e foi representado pela malunga Valdice Gomes: jornalista, integrante do conselho fiscal do Anajô e coordenadora geral do projeto Vamos Subir a Serra.
Ela repassou informações relevantes sobre a história da nossa entidade e as ações desenvolvidas; discutiu a importância das políticas afirmativas; educação antirracista; os impactos do racismo na sociedade; dentre outros.
Acesse o YouTube e confira o vídeo completo no perfil Unit Alagoas:
Anajô no mês da consciência negra!
Helcias Pereira é o novo coordenador dos APNs
O Vice Presidente do Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô, Helcias Pereira, foi eleito o novo coordenador nacional dos Agentes de Pastoral Negros do Brasil (APNs). Confira a publicação na Coluna Axé – ferramenta de comunicação da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial em Alagoas (Cojira-AL) – no jornal alagoano Tribuna Independente.
Entrevista com Helcias Pereira sobre os 30 anos dos APNs
Confira o Programa Pauta Especial, da TVE Alagoas, gravado no dia 29/04/13. O ativista Helcias Pereira abordou sobre a importância e atuação dos Agentes de Pastoral Negros do Brasil (APNs), entidade do Movimento Social Negro que completou 30 anos de existência em 14 março de 2013.
Vereadora apresenta moção de congratulações a Coluna Axé
Publicação da Cojira-AL completou quatro anos de existência no jornal Tribuna Independente
Essa é uma das ferramentas de trabalho da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial em Alagoas (Cojira-AL), do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Alagoas (Sindjornal), em parceria com o jornal Tribuna Independente. “Trata-se de uma importante iniciativa que destaca a cultura e ações da população negra, que é editada pela jornalista Helciane Angélica desde 2008. Uma profissional comprometida com as questões étnicorraciais e que também tenho orgulho de tê-la incorporada na minha assessoria parlamentar”, exaltou Santiago.
A moção foi comentada pelas vereadoras Tereza Nelma (PSDB) e Heloisa Helena (Psol), que também parabenizaram o trabalho desenvolvido pela Cojira e ainda pediram para subscrever o requerimento. O documento foi aprovado por unanimidade pelos 18 parlamentares presentes.
Confira abaixo a justificativa do requerimento protocolado:
A Coluna Axé é editada pela jornalista Helciane Angélica Santos Pereira – integrante da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial em Alagoas (Cojira-AL/Sindjornal) – e é publicada semanalmente no Jornal Tribuna Independente/Cooperativa dos Jornalistas e Gráficos do Estado de Alagoas (Jorgraf).
Instalada estrategicamente no dia 13 de maio de 2008, ocupa meia página colorida no formato stand, é preenchida com editorial, notas informativas, curtas e fotos. Busca promover a consciência étnica durante todo o ano e aborda a temática afro nos mais diversos setores, como: educação, cultura, religião, política, esporte, moda, dentre outros.
O 13 de maio é uma data emblemática no Brasil devido a possível libertação das negras e negros escravizados no Período Colonial (Abolição da Escravatura). Porém, é na verdade mais um dia para ampliar as discussões e reflexões, além de celebrar o Dia Nacional de Combate ao Racismo, defendido pelo Movimento Negro.
A Coluna Axé representa um grande avanço na mídia alagoana, assim como, proporciona a divulgação das atividades sócio-culturais e políticas dos segmentos afros, além de denunciar casos de racismo e intolerância religiosa. Também contribui diretamente para a auto-estima da população afro-alagoana e quebra paradigmas quanto aos estereótipos destinados às pessoas de pele negra, muitas vezes, rotuladas como inferiores, feias ou marginais.
Pela relevância desta iniciativa, contamos com a aprovação dos Nobres Pares.
Sala das Sessões, 09 de maio de 2012.
FÁTIMA SANTIAGO
Vereadora – PP
Fonte: Ascom – Vereadora Fátima Santiago
Convite: Catálogo do Prêmio Nacional Jornalista Abdias Nascimento
Recebemos esse convite especial dos malung@s da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial em Alagoas (Cojira-AL), vinculado ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Alagoas (Sindjornal).
Anajô participará do aniversário da COJIRA/AL
O Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô vinculado aos Agentes de Pastoral Negros do Brasil (APNs) confirmou sua participação com alguns representantes no aniversário de três anos da COJIRA-AL.
COJIRA/AL
Jornalistas alagoanos entram na luta pela igualdade racial
Helciane Angélica*
Você já parou para pensar quantos jornalistas negros existem em Alagoas? E quantos desses profissionais se reconhecem e tem orgulho da sua negritude? Reforçando, já parou para pensar quantos jornalistas, independente da cor da pele, estão preparados para abordar as questões étnicas-raciais e sociais em seu cotidiano?
Essas e outras perguntas, com certeza, ficam no imaginário de muita gente. Mais evidentes estão as indagações sobre a abordagem da mídia referente à tematização afro, que na maioria das vezes é factual, rápida e destaca apenas o aspecto cultural e não fala da importância histórica. Por que o povo afro-brasileiro ainda não se vê na grande mídia, aliás, ver sim: nas notícias policiais, que destacam a violência urbana e as fugas dos presídios; nos índices de analfabetismo e desemprego; nos corredores dos hospitais; nos carnavais da vida e jogando futebol – tudo nas entrelinhas.
Pensando em dar “Visibilidade às questões étnicas nos meios de comunicação e no mercado de trabalho” – tese do 31º Congresso Nacional dos Jornalistas, realizado em 2004 na Paraíba – vem sendo criada a Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira) em todo o Brasil, o que mobilizou a discussão e ampliou as ações da categoria.
Atualmente, existem quatro comissões formadas no território brasileiro, interligados aos Sindicatos de Jornalistas. A Cojira tem representação em São Paulo, pioneira em 2000; no Rio Grande do Sul, criada em 2001 como Núcleo de Comunicadores Afro-Brasileiros do RS; Rio de Janeiro em 2003; e Brasília, criada recentemente. Os jornalistas baianos também possuem interesse e devem lançar sua comissão até o final do ano.
Alagoas será o quinto estado da federação e o primeiro do Nordeste a implantar a Cojira. A data da instalação está prevista para o dia 27 de outubro, com a realização de palestras e apresentações afro-culturais. A atividade contará com a participação de jornalistas profissionais, acadêmicos de comunicação e lideranças do movimento negro alagoano. As inscrições acontecerão na sede do Sindicato dos Jornalistas de Alagoas (Sindjornal).
A Cojira/AL é mais uma conquista e referencia a luta do povo afro-brasileiro, principalmente, nesse estado onde se articulou a sede do Quilombo dos Palmares, na Serra da Barriga em União dos Palmares, solo sagrado e palco da resistência negra. Será mais um mecanismo de discussão sobre as ações afirmativas; luta anti-racismo e respeito; apoio nas ações políticas-culturais que promovam a identidade étnica-racial; desenvolvimento de pesquisas; interlocução com a sociedade; sensibilização e formação de profissionais e acadêmicos.
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* Jornalista e Presidente da ONG Anajô
Desabafo
O NEGRO NA TV
Aldemir Reis*
O dia da Consciência Negra está chegando, é quando os meios de comunicação passam a convidar com mais freqüência a comunidade negra para a discussão. Isso é bom, pois estamos ganhando mais espaço dentro da comunicação de massa. Porém, passando o mês de novembro, voltamos a estaca zero.
Surgem então algumas perguntas: Por que somos lembrados apenas neste período? Por que somos convidados apenas para falar sobre a questão negra? Já está na hora de revemos alguns conceitos e lutarmos por mais espaço.
Temos condições sim, para falamos não só de racismo e outro males, mas também, de política, educação, economia, contabilidade, direitos, saúde e etc.
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* Historiador, Secretário de Formação e Pesquisa da ONG Anajô
Desabafo
Mídia e movimentos sociais
Madalena Silva*
Ao longo do tempo, os movimentos sociais tem sido tratados pela mídia como desocupados, delinqüente, preguiçosos, etc. O respeito, a ética, a solidariedade, a humanização não tem espaço, quando se trata de reivindicações pelos seus direitos, deveres e respeito.
O jogo de interesses mobiliza o que deve ou não entrar em pauta. A mídia acha que pode abafar o poder de mobilização que a classe trabalhadora tem, por isso, muitas vezes faz questão de distorcer imagens, falas, etc. E o objetivo que deveria ser exclusivamente o repasse de informações verídicas e a orientação, é tomado pelo desejo da liderança no mercado da capitalização, sem escrúpulos.
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