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Nota de Repúdio do Movimento Negro Alagoano
No dia 21 de janeiro de 2021, Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, Maceió acordou com o nome da Praça Dandara dos Palmares, no Diário Oficial, sendo substituída para Praça Nossa Senhora da Rosa Mística. A iniciativa se tratava do Projeto de Lei nº 7.473, de autoria do vereador Luciano Marinho, que demonstra racismo e descaso com a história do povo negro alagoano.
A praça, localizada no bairro da Jatiúca, recebeu o nome de Dandara dos Palmares, após a sanção da Lei Municipal nº 4.423/95 e desde a sua criação, há 25 anos, é tida como espaço de reconhecimento da trajetória de líderes negros.
Após várias mobilizações do Movimento Negro e da apresentação de queixa por parte do Instituto do Negro de Alagoas (INEG-Al), junto ao Ministério Público Estadual de Alagoas, no mesmo dia em que ocorreu a ação arbitrária de mudança de nome, dia 21 de janeiro, o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (JHC),
ouviu a queixa do movimento negro e tornou sem efeito a sanção da lei que alteraria o nome da Praça Dandara dos Palmares.
Na persistência de apagamento da nossa história, no dia 24 de fevereiro de 2021, o Movimento Negro de Alagoas recebe a notícia de mais um ataque. O vereador Leonardo Dias encabeça a proposta de mudança de nome da Praça
Dandara dos Palmares, acrescentando a mudança de local. E, novamente, sem o consentimento e consulta pública junto ao Movimento Negro e a sociedade civil.
É inaceitável essa postura de imposição de poder, confirmando o racismo estrutural e institucional. Queremos respeito ao patrimônio histórico-cultural por toda luta e resistência contra a escravidão que Dandara representa, sendo uma líder emblemática do Quilombo dos Palmares. Cabe ressaltar que estamos buscando garantir nossos direitos e a preservação da nossa história. Para tanto, estamos unidos enquanto movimento negro; o Fórum Afro de Maceió, no dia 27 de janeiro, esteve em reunião com a presidente da Fundação Municipal de Ação Cultural (Fmac), Mirian Monte, para discutir e apresentar pautas, visando a relevância de uma calendário municipal de valorização permanente da tradição da cultura negra, ressaltando a ocupação com a realização de atividades na Praça Dandara, bem como em outros espaços públicos.
Também, estamos reivindicando, junto ao Legislativo Municipal, a manutenção do nome e local original, da Praça Dandara dos Palmares, quando tivemos no último dia 24 de fevereiro, reunião com a vereadora Teca Nelma, que
demonstrou apoio a causa, se disponibilizando a fortalecer ações para a população negra, ao exemplo da realização de uma audiência pública. A luta pela garantia do nome da praça está atrelada à cobrança pela revitalização e preservação dos espaços da memória preta da cidade. E, chamamos atenção para a necessidade de mais políticos comprometidos em manter o patrimônio histórico e negro vivo, afinal a Câmara de Maceió é composta por 25 vereadores eleitos, além dos quadros que compõem o governo.
É fundamental reconhecer a importância de quem fez e faz esse país, para que as próximas gerações não reproduzam a lógica colonial racista. Portanto, não vamos nos calar! Não vamos aceitar que sejamos deslegitimados! A Praça Dandara Resiste, Ontem, Hoje e Sempre!
Assinam esta Nota de Repúdio:
- Abadá Capoeira
- Abassá de Angola oyá Igbale
- Afoxé Ofá Omin
- Afoxé Oju Omim Omorewá
- Aliança Nacional LGBTI+
- Associação Àdapo da Comunidade Muquém de Remanescentes Quilombolas de União dos
Palmares/AL - Associação Cultural Capoeira Tradição
- Associação Cultural Meu Berimbau tem Vida
- Associação de Negras e Negros da UFAL – ANU
- Bancada Negra
- Banda Afro Afoxé
- Banda Afro Dendê
- Banda Afro Mandela
- Banda Afro Zumbi
- Batuque Empreendimentos
- Bloco Sururu da Lama
- Capoeira Zuavos
- Centro Cultural Bobo Gaiato
- Centro de Cultura e Estudos Étnicos ANAJÔ (APNs-AL)
- Centro de Educação Popular e Cidadania Zumbi dos Palmares – CEPEC
- Centro de Estudos e Pesquisa Afro Alagoana Quilombo
- Centro de Formação Social Inaê
- Cia. De Teatro e Dança Afro Aiê Orum
- Coletivo Afro Caeté
- Coletivo Cia Hip-Hop de Alagoas
- Coletivo de Apoio às Trabalhadoras e Trabalhadores – CATT
- Coletivo O “Quê” do Movimento
- Comissão de Defesa da Promoção da Igualdade Social OAB/AL
- Comissão de Jornalistas Pela Igualdade Racial (Cojira /Sindjornal)
- Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial de Alagoas – CONEPIR
- Coordenação Estadual de CRQs de Alagoas Ganga-Zumba
- Coordenação Feminina Quilombolas de Alagoas – As DANDARAS
- Dagô Produções
- Formmer Afro
35.Fórum Afro de Maceió - Fórum de Saúde Mental de Maceió
- Grupo de Capoeira Águia Negra
- Grupo Coração de Mainha
- Grupo Gay de Maceió
40.Grupo Afojuba - Grupo União Espírita Santa Barbara (GUESB)
- Grupo Pau e Lata – Palmeira dos Índios
- Ilê Axé Ofá Omin
- Ilé Alàketú As Asé Shòróké
- Ilê Nifé Omi Omo Posú Betá
- Ilê Egbé Àfàsókè Atílẹ́hìn Vodun Azírí
- Instituição Sócio cultural Acauã Brasil
- Instituto do Negro de Alagoas – INEG
- Instituto Mãe Preta
- Maracatu Baque Alagoano
- Maracatu Raízes e Tradições
- Massapê Corpo e Movimento
- Movimento dos Povos das Lagoas
- Movimenta Palmares
- Museu Cultura Periférica
- Negra-Mina Diversidade e Inclusão
- Núcleo de Cultura Afro Brasileira Iyá Ogunté
- ONG Ateliê Ambrosina
- ONG Axé Tribal
- ONG Patacuri Cultura e Formação
- Papo de Periferia
- Pastoral da Negritude da Igreja Batista do Pinheiro
- Ponto de Cultura Quilombo Cultural dos Orixás
- Projeto Erê
- Quilombo de Capoeira Pôr do Sol dos Palmares
- Rede CENAFRO
- Rede de Mulheres Negras de Alagoas
- Rede Mulheres de Comunidades Tradicionais
- Terreiro de Umbanda Aldeia dos Orixás
CARTA A ALAGOAS PARA O BRASIL VER!
As entidades integrantes do Comitê Alagoano em Defesa de Cotas e Ações Afirmativas na Destinação dos Recursos da Lei Aldir Blanc para a população negra exigem a democratização, transparência, monitoramento e fiscalização pública do orçamento destinado ao Estado de Alagoas, sendo que parte dessas verbas seja distribuída proporcionalmente, à população afro-alagoana integrante de cadeia produtiva dos segmentos artísticos e culturais, e afro-negócios criativos.
A Lei 14.017, de 29 de junho de 2020, conhecida como Lei Aldir Blanc, tem destinação emergencial diante dessa crise humanitária que já causou mais de 122 mil mortes e mais de 4 milhões de infectados pelo covid-19 no País, a maioria negra.
Alagoas, segundo menor estado da federação e um dos mais pobres, tornou-se o berço da resistência negra no Brasil com o Quilombo dos Palmares, no século XVI, o mais organizado e duradouro das Américas. Hoje possui 69 comunidades quilombolas rurais e milhares de terreiros de matrizes africanas.
Cerca de 70% da população alagoana é formada por negros, segundo dados do IBGE, considerada de alta vulnerabilidade social, nos limites da pobreza e da pobreza extrema, protagonizando alguns dos piores índices sociais no País. Entre eles, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,677, ocupando o 27º lugar entre os estados. Além disso, a pesquisa “Desigualdades Sociais por Cor e Raça”, divulgada pelo IBGE, com base em dados de 2018, revela que entre os 10% dos alagoanos com menores rendimentos, 82% são pretos ou pardos, enquanto as pessoas brancas são apenas 17% deste total.
Existem vários segmentos sociais que expressam a cultura afro-alagoana e afrobrasileira na capital e no interior, incluindo as comunidades quilombolas. Entre eles, afoxés, maracatus, grupos de capoeira, movimento hip hop, Bumba-meu-Boi, escolas de samba, centenas de grupos representativos da cultura popular e outros segmentos da música, teatro, audiovisual, artes cênicas e artes plásticas.
Por outro lado, a Capital Maceió, carrega em sua história a triste experiência de episódios violentos como o Quebra de Xangô, ocorrido em 1912, que representou a destruição das casas de candomblé pelo Estado e perseguição a adeptos de religiões de matrizes africanas, com impactos negativos à difusão e valorização das manifestações afro-culturais, e reflexos na nossa formação cultural.
De acordo com o Atlas de Violência 2020, Alagoas é o Estado que apresenta maiores diferenças de vitimização entre negros e não negros, com taxas de homicídio de negros sendo 17,2 vezes maiores do que a de não negros. Ou seja, quando se trata de vulnerabilidade à violência, negros e não negros vivem realidades completamente distintas e opostas dentro de um mesmo território.
Diante do exposto, considerando que todos os estudos, incluindo os dados do Ministério da Saúde, apontam que a população negra é a mais atingida com a pandemia, sendo a maioria das vítimas tanto em número de infectados quanto de óbitos, sem falar nos impactos socioeconômicos atuais e no pós-pandemia;
Considerando ainda que os empreendedores negros foram mais impactados pela pandemia do coronavírus, entre os donos de pequenos negócios no país. Pesquisa realizada pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), mostrou que 70% dos negócios entrevistados conduzidos por pessoas pretas estão localizados em municípios que tiveram fechamento parcial ou total dos estabelecimentos;
Considerando as previsões do Estatuto da Igualdade Racial sobre cultura, contidas no Título II, Capítulo II, Seção III, sobre os Direitos Fundamentais da população negra, em especial o Art. 17 que diz que o poder público garantirá o reconhecimento das sociedades negras, clubes e outras formas de manifestação coletiva da população negra, com trajetória histórica comprovada, como patrimônio histórico e cultural, nos termos dos Arts. 215 e 216 da Constituição Federal;
Solicitam a intervenção dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário para que defendam que parte da verba da Lei Aldir Blanc destinada ao estado de Alagoas e aos seus municípios, seja distribuída obrigatória e proporcionalmente entre os fazedores da cultura afro-brasileira, territórios onde há resistência das expressões socioculturais negras e, também:
- A necessidade de autodeclaração e cadastros com o quesito raça e cor e denominação específica dos segmentos regionais de expressão cultural afro-alagoana e afro-brasileira.
- A divulgação de informativos e propaganda institucional sobre os direitos da população negra relativos à Lei Aldir Blanc, formas de cadastramento, auxílios, programas e editais;
- A orientação para que as secretarias de cultura municipais criem imediatamente grupos de trabalho com outras instituições afins em paridade com as representações do movimento social negro, grupos afro-culturais, capoeira, e comunidades tradicionais de cada cidade.
- A participação de Órgãos de Controle, Tribunal de Contas e Ministérios Públicos (Estadual e Federal) no monitoramento da implementação da Lei.
- O compromisso do estado de Alagoas e dos municípios com a aplicação total dos recursos, sem devolução para a União.
- Recomendação para estrita observância na destinação dos recursos da Lei Aldir Blanc, da legislação brasileira e dos instrumentos internacionais ratificados pelo Brasil de combate ao racismo, de promoção da igualdade racial e de enfrentamento à violência contra a mulher.
- Recomendação para o estabelecimento de critérios objetivos e simplificados nos editais para assegurar recursos às iniciativas culturais e ancestrais desenvolvidas pela população afro-alagoana.
- Recomendação ao Estado de Alagoas e às Prefeituras Municipais com vistas a assegurar que no mínimo 54%, percentual correspondente população negra brasileira, dos recursos públicos destinados a Alagoas pela Lei nº 14.017, de 29 de junho de 2020, seja investido obrigatoriamente, como medida de ação afirmativa de promoção da igualdade racial e reparação histórica, proporcionalmente, devendo reconhecer valores imateriais e materiais afro-brasileiros que trazem um legado de resistência ao escravismo e espoliação das civilizações africanas.
- Investir recursos com critério de gênero específico para mulheres negras e LGBTQIA+ artistas, produtoras e do povo de terreiro, comunidades quilombolas e outros segmentos tradicionais de expressões culturais e artísticas de matrizes africanas.
Maceió, 02 de setembro de 2020.
ENTIDADES SIGNATÁRIAS
- Abadá Capoeira
- Abassá de Angola oyá Igbale
- Afoxé Ofá Omin
- Afoxé Oju Omim Omorewá
- Aliança Nacional LGBTI+
- Associação Àdapo da Comunidade Muquém de Remanescentes Quilombolas de União dos Palmares/AL
- Associação Cultural Capoeira Tradição
- Associação Cultural Meu Berimbau tem Vida
- Associação de Desenvolvimento da CRQ Carrasco (Arapiraca)
- Associação Desportiva, Cultural e Artística Alagoarte
- Associação profissional dos Técnicos Cinematográficos e Documentaristas de Alagoas
- Banda Afro Afoxé
- Banda Afro Dendê
- Banda Afro Mandela
- Banda Afro Zumbi
- Batuque Empreendimentos
- Bloco Sururu da Lama
- Capoeira Zuavos
- Centro Cultural Bobo Gaiato
- Centro de Cultura e Estudos Étnicos ANAJÔ (APNs-AL)
- Centro de Educação Popular e Cidadania Zumbi dos Palmares – CEPEC
- Centro de Estudos e Pesquisa Afro Alagoana Quilombo
- Cia. De Teatro e Dança Afro Aiê Orum
- Coletivo Afro Caeté
- Coletivo Cia Hip-Hop de Alagoas
- Coletivo de Apoio às Trabalhadoras e Trabalhadores – CATT
- Coletivo O “Quê” do Movimento
- Comissão de Defesa da Promoção da Igualdade Social OAB/AL
- Comunidade Quilombola Mameluco – Taquarana
- Comunidade Quilombola MUQUÉM – União dos Palmares
- Comunidade Quilombola Poço do Lunga – Taquarana
- Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial de Alagoas – CONEPIR
- Coordenação Estadual de CRQs de Alagoas Ganga-Zumba
- Coordenação Feminina Quilombolas de Alagoas – As DANDARAS
- Dagô Produções
- Fórum AVA (artes visuais de Arapiraca)
- Fórum de Dança e Circos de Alagoas
- Fórum de Literatura de Alagoas
- Fórum de Música de Maceió
- Fórum de Teatro de Maceió
- Fórum Miguelense de Cultura
- Fórum Setorial de Áudio Visual Alagoano
- Frente de Artistas e Técnicos de Alagoas
- Grupo de Capoeira Águia Negra
- Grupo Gay de Maceió
- Grupo Pau e Lata – Palmeira dos Índios
- Ilê Axé Ofá Omin
- Ilê Nifé Omi Omo Posú Betá
- Instituição Sócio cultural Acauã Brasil
- Instituto do Negro de Alagoas – INEG
- Instituto Mãe Preta
- Maracatu Baque Alagoano
- Maracatu Raízes e Tradições
- Movimento dos Povos das Lagoas
- Museu Cultura Periférica
- Núcleo de Cultura Afro Brasileira Iyá Ogunté
- ONG Axé Tribal
- Ong. Patacuri Cultura e Formação
- Orquestra de Tambores
- Papo de Periferia
- Pastoral da Negritude da Igreja Batista do Pinheiro
- Projeto Erê
- Quilombo de Capoeira Pôr do Sol dos Palmares
- Rede CENAFRO
- Rede de Mulheres Negras de Alagoas
- Rede Mulheres de Comunidades Tradicionais
- Terreiro Aldeia dos Orixás
ANAJÔ LANÇA LIVRO E DVD SOBRE PROJETO TAMBOR FALANTE
Com 12 anos de trajetória, a entidade do movimento negro alagoano foi uma das contempladas no Prêmio Eris Maximiniano da Prefeitura de Maceió
O Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô – entidade do movimento negro alagoano, vinculada aos Agentes de Pastoral Negros do Brasil (APNs) – realizará no dia 23 de março, o encerramento do projeto “Tambor Falante: Refletindo, Debatendo e Transformando Realidades”. A atividade é aberta ao público e iniciará às 19h, no Centro Cultural Arte Pajuçara em Maceió.
O projeto foi originário da parceria entre o Anajô, a Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial em Alagoas (Cojira-AL) e a Pastoral da Negritude da Igreja Batista do Pinheiro. Com a aprovação no Prêmio Eris Maximiniano 2015, na categoria cultura afro brasileira, o Anajô recebeu o patrocínio da Prefeitura de Maceió através da Fundação Municipal de Ação Cultural (Fmac) para a execução de cinco (5) encontros de formação/debates na periferia da capital alagoana: Benedito Bentes, Jaraguá, Trapiche da Barra, Ouro Preto e Ponta da Terra.
Dentre os temas discutidos estiveram: “Maioridade penal e extermínio da juventude negra”; “Os impactos do Governo Michel Temer nas políticas para a igualdade racial”; “Os desafios na atual conjuntura dos povos tradicionais”; “Intolerância Religiosa e preconceitos correlatos”; e “Racismo institucional e estatuto da igualdade racial”.
Segundo a Presidente do Anajô, Madalena da Silva, o patrocínio foi essencial na estruturação e desenvolvimento do projeto. “Com a aprovação no edital, foi possível investir na organização e ampliar as ações. Também estimulamos o encontro entre gerações, vivências e opiniões de ativistas do movimento social negro e pessoas das mais diversas formações. Nós estamos muito felizes com a conclusão desse trabalho”, exaltou.
Para celebrar o encerramento oficial do projeto, na noite desta sexta-feira terá o lançamento do livro com vários artigos e registro fotográfico, que será distribuído em instituições do movimento negro, bibliotecas, Núcleo de Estudo Afro Brasileiro (NEABs) e escolas; além de um DVD com o registro dos principais momentos do projeto.
Para abrilhantar o momento, também terão as apresentações artísticas do Grupo Vocal Afro Ameríndio; além da cantora e compositora Mel Nascimento.
SERVIÇO:
Encerramento do projeto “Tambor Falante: Refletindo, Debatendo e Transformando Realidades”
Data: 23/03/2018 (sexta-feira)
Hora: 19h
Local: Centro Cultural Arte Pajuçara – Av. Dr. Antônio Gouveia, 1113, Pajuçara, Maceió/AL.
Contatos: (82) 98878-7484 / 99905-3515
Entrada gratuita!
Convocatória: Assembleia Extraordinária
CONVOCATÓRIA
Maceió-AL, 17 de janeiro de 2018
A presidente do Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô no uso de suas atribuições, convoca todos os/as integrantes associados/as para participarem da ASSEMBLEIA EXTRAORDINÁRIA com o objetivo de discutir a prorrogação do mandato da diretoria (GESTÃO 2015-2017). A atividade acontecerá no dia 31 de JANEIRO do corrente ano a partir das 19h, na Travessa Dr. José Joaquim de Araújo, 248, Jacintinho, Maceió (AL).
Maria Madalena da Silva
Presidente
Anajô participa da segunda gestão do Conepir/AL
Texto e fotos: Helciane Angélica – Jornalista
No dia 4 de julho de 2017, no auditório do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral), foi realizada a primeira reunião ordinária da gestão 2017/2019 do Conselho Estadual de Promoção de Igualdade Racial (Conepir-AL).
O Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô – entidade alagoana vinculada aos Agentes de Pastoral Negros do Brasil (APNs) – ocupa uma das vagas da sociedade civil no Conselho e o termo de posse foi assinado por Maria Madalena da Silva e Benedito Jorge da Silva Filho, respectivamente, na condição de membro titular e suplente.
No primeiro momento da reunião, foram repassados os informes político-sociais e eventos; realização da leitura do Regimento Interno e a eleição seguida da posse da mesa diretora. Foi aprovado por aclamação: Helcias Pereira (Assessor Técnico para Políticas de Promoção da Igualdade Racial na Secretaria de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos – Semudh) como novo presidente do Conepir; na vice-presidência, Queila Brito (filha de santo da casa de axé Grupo União Espírita Santa Bárbara – Guesb); e como secretária geral, Leone Manoel da Silva, que atua como Assessora Técnica dos Núcleos Quilombolas e Indígenas no Iteral.
A jornalista Valdice Gomes, presidenta durante o período de 2014/2017, concluiu a sua missão e destacou a importância do Conselho, que nasceu a partir da luta e organização da sociedade civil para fortalecer as políticas afirmativas no Estado de Alagoas, atendendo aos anseios da população negra, comunidades quilombolas, povos indígenas e ciganos.
Também foram pontos de pauta: a IV Conferência Estadual de Promoção de Igualdade Racial – COEPIR; realização do 3º Encontro de Comunidades Quilombolas e Povos Tradicionais de Terreiro de Alagoas (Enconquite) e a elaboração do Seminário sobre a Serra da Barriga.
De acordo com o presidente eleito Helcias Pereira – também integrante do Anajô/APNs – a nova diretoria atuará como uma coordenação executiva e terá como prioridades: a reformulação do Regimento Interno; investimento na formação sociopolítica e pertencimento étnico; a criação de conselhos municipais e a inserção de órgãos públicos de Igualdade Racial em todo Estado de Alagoas.
Estiveram presentes representantes de oito instituições do Poder Público Estadual: Iteral, Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), Gabinete Civil, Secretaria de Segurança Pública, Secult, Seduc, Seades e Semudh. A sociedade civil foi representada pelo Guesb, Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira), Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô, Federação Zeladora das Religiões Tradicionais Afro-Brasileiras em Alagoas (Fretab), Ile Nifé Omí Omo Posu Beta, Comitê Intertribal de Mulheres Indígenas (COIMI), Federação de Capoeira do Estado de Alagoas (Feceal) e Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal).
Inauguração da Casa dos Conselhos em Alagoas
O Governo de Alagoas, por meio da Secretaria Estadual da Mulher, Cidadania e Direitos Humanos inaugurou no dia 10 de agosto de 2015, a Casa dos Conselhos localizada na Rua Ladislau Neto – conhecida por Rua das Árvores – 367, Centro, Maceió.
No prédio terão as salas de apoio para os nove conselhos estaduais: Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDCA), Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos (CEDDH), Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (CEDIM), Conselho Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (CEPROCOM), Conselho Deliberativo do PROVITA (CONDEL), Conselho Gestor Projovem – PROJOVEM, Conselho Estadual da Juventude (CONJUVE), Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial (CONEPIR) e o Conselho Estadual de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT).
O Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô – organização não governamental vinculada aos Agentes de Pastoral Negros do Brasil (APNs) – é uma das instituições da sociedade civil que participa das discussões em defesa das políticas públicas, possui representantes (titular e suplente) no Conepir e no Conselho LGBT.
Confira o registro fotográfico da cerimônia de inauguração.
CONVITE: REUNIÃO SOBRE O CONEPIR/AL
Marcha LGBT em Maceió
Nessa sexta-feira(19.12) das 8h às 12h30, no auditório do Sindicato dos Urbanitários (Rua Moreira e Silva, 54, – Farol, Maceió), acontecerá o seminário “Estado Laico – Sua Religião Não É Nossa Lei”, com a apresentação do trabalho de pesquisa “Cristianismo, Política e Crimininalização da Homofobia no Brasil” de autoria do Mestre em Psicologia Paulo Nascimento, em seguida, a conferência da Pastora e Educadora Odja Barros (Igreja Batista do Pinheiro).
A atividade é uma realização do Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô e Afinidades GLSTAL, respectivamente, vinculados aos Agentes de Pastoral Negros do Brasil (APNs) e a ong Grupo Gay de Maceió.
Também integra a programação da II Marcha Pelos Direitos LGBT 2014, no domingo (21) a partir das 15h, com concentração na Av. Antônio Gouveia na Praia de Pajuçara em direção a Praça Multieventos, onde a população LGBT e ativistas denunciarão os índices de assassinatos relacionados à homofobia, que foram levantados pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
Esse é o momento propício para revindicar a efetivação de políticas públicas e o respeito ao direito de amar quem quiser. Mais informações e inscrições: marchalgbt.al@hotmail.com / (82) 8868.4838 – 9980.1099 – 9171.5115.
Debate sobre racismo no mercado de trabalho
Registro fotográfico: Posse do CONEPIR/AL
Nessa sexta-feira(28.02), no Palácio do Governo de Alagoas localizado na cidade de Maceió, ocorreu a posse dos integrantes do Conselho Estadual de Igualdade Racial de Alagoas (Conepir).
O CONEPIR-AL tem como objetivo propor e deliberar sobre as políticas de ações afirmativas. Busca-se a ampliação do processo de controle social, objetivando melhorias no aspecto econômico e financeiro, educacional, histórico-cultural, social e político, metas imperativas da política estadual de promoção da igualdade racial.
É paritário e deliberativo, tem 26 membros no total, sendo composto por membros do Poder Público e da sociedade civil: QUILOMBOLAS, POVOS INDÍGENAS, COMUNIDADES TRADICIONAIS DE MATRIZ AFRICANA, REPRESENTANTES DA POPULAÇÃO NEGRA, ENTIDADES SINDICAIS E SÓCIO-CULTURAIS, CIGANOS e CAPOEIRA.
Alagoas passa a ser o 7º Estado a constituir um conselho estadual na região Nordeste e o 18º no Brasil, além disso, existem 70 conselhos municipais no país. Esse é um momento histórico e símbolo de luta do Movimento Social Negro, um grande desafio por mais políticas públicas de igualdade racial. Axé!