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Tambor Falante aborda: “Os Impactos do Governo Interino de Michel Temer nas Políticas para a Igualdade Racial”
Tambor Falante é realizado na Grota da Alegria
O Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô – entidade vinculada aos Agentes de Pastoral Negros do Brasil (ANPs) – iniciou os trabalhos do “TAMBOR FALANTE: Refletindo, Debatendo e Transformando Realidades”. O projeto foi um dos selecionados no Prêmio Eris Maximiniano 2015, uma realização da Prefeitura de Maceió, por meio da Fundação Municipal de Ação Cultural (FMAC).
A primeira etapa ocorreu no dia 28 de maio no bairro de Benedito Bentes 2, em parceria com o Centro de Educação Popular e Cidadania Zumbi dos Palmares (Cepec), que cedeu a sua sede localizada na Grota da Alegria para a discussão sobre o tema “MAIORIDADE PENAL E O EXTERMÍNIO DA JUVENTUDE NEGRA”.
Atualmente, o Estado de Alagoas é o 3º mais violento do país com 8,75 dos dados (muito acima da média nacional que é 2,7) e Maceió é a 5ª capital mais violenta com 55,63 das estatísticas e a 18ª cidade mais violenta do mundo. A crescente estatística de assassinatos e outras formas de violência no Brasil tem se configurado como um caso de calamidade pública nacional; a insegurança destrói famílias e o futuro de muitos jovens, especialmente, jovens negros. A violência no Brasil tem idade, raça e território: jovens entre 15 e 29, do sexo masculino, de cor preta ou parda e que moram em locais de vulnerabilidade social.
Cerca de 80 pessoas participaram desse momento de integração e formação sociopolítica, entre: crianças e adolescentes da comunidade, fiéis da Igreja Batista da Grota da Alegria, acadêmicos e integrantes do Movimento Social Negro. Dentre as instituições que estiveram representadas no local, estiveram: Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente Zumbi dos Palmares (CEDECA), Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira-AL/Sindjornal), Faculdade de Letras (FALE)-CAAL-UFAL, Instituto do Negro de Alagoas (INEG), Movimento Mulheres pela Democracia, Núcleo de Estudos Afro Brasileiros da Universidade Federal de Alagoas (Neab-Ufal), ONG Moradia e Cidadania, Partido dos Trabalhadores (PT), Pastoral da Negritude da Igreja Batista do Pinheiro e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (SINTEAL).
No encerramento da atividade, o Contra Mestre Alex D´Lua coordenou a apresentação do Grupo Yá Capoeira, que realizou uma bela roda de capoeira e interagiu com o público no samba de roda, demonstrando que a cultura e o esporte são mecanismos essenciais para a transformação social, cultura de paz e afastamento da marginalidade.
Currículo dos facilitadores
Para subsidiar o debate, apresentar dados e propostas de reflexão foram convidados como facilitadores: Rúbia Nascimento (PJMP-AL) e Vinícius Almeida (APNs-SP), ambos, membros do Conselho Nacional da Juventude (Conjuve). Veja abaixo o currículo dos ativistas:
RÚBIA NASCIMENTO: Acadêmica de Ciências Sociais na Universidade Federal de Alagoas (UFAL); Militante da Pastoral da Juventude do Meio Popular (PJMP) no Estado de Alagoas; Representa a PJMP, pela cadeira de religiosos, no Conselho Nacional de Juventude (CONJUVE); integra o GT de Juventude Negra e coordena a Comissão de Comunicação; Participou do processo de construção e eleição do Conselho Estadual de Juventude em Alagoas; Pela PJMP, fez parte da coordenação nacional da Campanha Contra Violência e Extermínio de Jovens; Possui Formação Técnica em Teatro pela ETA-UFAL e trabalha no Centro Educacional Municipal em Messias como professora de teatro.
VINÍCIUS ALMEIDA: Professor de Educação Física; Militante dos Agentes de Pastoral Negros do Brasil no Estado de São Paulo (APNs-SP); Representa os APNs, pela cadeira Negros e Negras, no Conselho Nacional de Juventude (CONJUVE); Coordenador de Esportes no Centro Educacional Unificado Tiquatira pela Secretaria Municipal de Educação da Prefeitura de São Paulo; Desenvolve o projeto Ocupação Preta em parceria com Secretaria Municipal de Cultura e o projeto Ciclo de Debates em parceria da ETEC Tiquatira; Em 2015, fundou com outros ativistas o Coletivo Glicério Pela Vida, promovendo a ocupação dos espaços públicos, com ações sociais e culturais contribuindo para redução da violência e violação dos direitos dos moradores e refugiados do bairro.
Confira o registro fotográfico do evento: AQUI!
Tambor Falante sobre “Maioridade Penal e Extermínio da Juventude Negra”
Diretoras do Anajô se reúnem com gestor da FMAC

Anajô e Pastoral da Negritude realizam roda de conversa
CONVOCATÓRIA: Assembleia Ordinária do Anajô
Maceió-AL, 02 de dezembro de 2015
A presidente do Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô – entidade associada aos Agentes de Pastoral Negros do Brasil (APNs) – no uso de suas atribuições, convoca todos(as) os membros associados(as) para participarem da ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA.
A atividade será no dia 26 de dezembro de 2015 (sábado) a partir das 9hs, na residência do malungo Jorge, localizada na Rua Américo, 189, Riacho Doce, Maceió (AL). Dentre os pontos de pauta, estão:
1. Avaliação da atuação em 2015
2. Discutir as prioridades de ações: formação, Tambor Falante e Palmares in loco
3. Planejamento Anajô 2016
É importante a presença de tod@s! No encerramento, faremos um almoço de confraternização.
Maria Madalena da Silva
Presidente
Edital das Artes: Prefeitura divulga resultado final
A Prefeitura de Maceió, por meio da Fundação Municipal de Ação Cultural (FMAC), divulgou nesta segunda-feira (07), o resultado final do Edital de Concurso para seleção de Projetos Culturais e Artísticos para a Cidade, Prêmio Eris Maximiano. A ação selecionou 37 projetos culturais e artísticos para a cidade nos mais diversos segmentos culturais.
O Prêmio Eris Maximiano aporta R$ 1,4 milhão em prêmios com valores entre R$ 20 mil e R$ 80 mil para projetos de produção, difusão, circulação, manutenção e capacitação. Dos 168 projetos inscritos no edital, 133 passaram pela etapa de habilitação e foram analisados por comissões de seleção especializadas de acordo com a classificação do segmento cultural.
Foram selecionadas duas propostas na categoria Patrimônio Material, Imaterial, Arquivos e Museus; três em Artes Visuais, Arte Digital e Fotografia; três em Artesanato, Moda e Design; cinco projetos de Cultura Popular; quatro projetos de Cultura Afro-brasileira; quatro de Literatura livro e leitura; nove de Música; e sete de Artes Cênicas. Estes últimos, Música e Artes Cênicas, foram os segmentos com maior número de projetos apresentados.
Os proponentes que desejarem acesso às notas concedidas pela comissão julgadora devem documentar o pedido e protocolar o mesmo na sede da Fundação.
Acesso democrático
Em conversa com a imprensa nessa manhã o presidente da FMAC, Vinicius Palmeira, chamou a atenção para a importância da democratização do acesso aos recursos da cultura cada vez mais constantes na gestão municipal. “Com esse edital iniciamos o processo previsto na revisada Lei Municipal de Incentivo a Cultura e todos os projetos aprovados, são projetos incentivados, ou seja, eles já têm o recurso garantido para sua realização”, destaca.
O presidente lembra que somados os recursos investidos no Prêmio Eris Maximiano e no recém-divulgado Edital do Audiovisual, a Prefeitura investe um total de R$ 2,3 milhões na produção cultural local. “Isso levando em consideração os editais para projetos de iniciativa da comunidade cultural; mas é preciso lembrar que os festejos populares tradicionais como São João e Carnaval também são construídos em parceria com a comunidade em processos seletivos cujo edital também é o meio de seleção prioritário”, explica Vinicius Palmeira.
O diretor de Políticas Culturais da FMAC, Marcos Sampaio, destaca a lisura do processo de seleção feito por comissões de trabalho formadas por especialistas em cada área avaliada. “Isso é importante, porque o avaliador não está levando em consideração nenhum tipo de conhecimento prévio que tenha dos artistas ou grupos envolvidos no projeto. A seleção é feita apenas a partir da análise do projeto e anexos escritos e apresentados”, afirma.
A presidente do Conselho Municipal de Políticas Culturais, Fátima Menezes, reconhece os editais como a melhor forma de promover o acesso de todos aos recursos públicos. “Nós que constituímos a comunidade cultural temos que cada dia mais investir em qualificação e capacitação para elaboração de projetos. Esse é o meio de acesso a patrocínios não só no município de Maceió, mas em todo território nacional e até internacional”, avalia.
Veja a lista de projetos aprovados:
– Patrimônio Material, Imaterial, Arquivos e Museus
É DIA DE FEIRA – 50.000,00
JANGADA DE PAU – 80.000,00
– Artes Visuais, Arte Digital e Fotografia
EXPOSIÇÃO JARDINS SUSPENSOS – 30.000,00
CANTEIROS DE OBRAS – 40.000,00
LABORATÓRIO DE INTERVENÇÕES E NARRATIVAS URBANAS – 20.000,00
– Artesanato, Moda e Design
O BORDADO FILÉ – 30.000,00
NO TACHO DO RIACHO – 20.000,00
SURURU DAS ALAGOAS DA GASTRONOMIA A ARTE DE FAZER – 30.000,00
– Cultura Popular
PONTINHOS DE CULTURA DE BRINCADEIRAS POPULARES – 20.000,00
O COCO ALAGOANO “PRA TODO MUNDO PISAR” DA RAIZ AO CONTEMPORÂNEO – 30.000,00
CIRANDA DE MEMÓRIAS – 80.000,00
REDE SOCIOCRIATIVA DO COCO DE RODA – 50.000,00
ENCONTROS 2016 – MARACATU DE BAQUE VIRADO – MACEIÓ – AL – 40.000,00
– Cultura Afro-brasileira
BRASIL DOS ORIXÁS – 30.000,00
SARAVÁ – 50.000,00
A CODIFICAÇÃO CORPORAL DA DANÇA DE IANSÃ NAS COREOGRAFIAS DO AFOXÉ OJU OMIM OMOREWÁ – 20.000,00
TAMBOR FALANTE – REFLETINDO, DEBATENDO E TRANSFORMANDO REALIDADES – R$ 40.000,00
– Literatura, Livro e Leitura
AMORES ÉBRIOS – 30.000,00
EM CANTOS AFRICANOS – 40.000,00
PAPEL NO VARAL – POESIA DE TODO CANTO, POESIA PARA TODO MUNDO – 40.000,00
PENSANDO A CULTURA ALAGOANA: “A SENSABORIA DOS INDEFECTÍVEIS E DETESTÁVEIS MARACATUS”: O QUEBRA DE XANGÔ E OS MARACATUS EM ALAGOAS NO INÍCIO DO SÉCULO XX. E “DE JACINTO A TORORÓ”: A REINVENÇÃO DO SÃO JOÃO DE MACEIÓ. – 20.000,00
– Música
A INVENÇÃO É A MÃE DAS NECESSIDADES DO ARTISTA VITOR PIRRALHO E UNIDADE – 30.000,00
FESTIVAL MAIONESE 10 ANOS – MÚSICA ALTERNATIVA, ARTE LIVRE E CULTURA INDEPENDENTE – 40.000,00
BAIONANDO – 70 ANOS DE BAIÃO – 20.000,00
DVD WADO 15 ANOS – O MANIFESTO DE 1977 – 40.000,00
IV FALAME – FESTIVAL ALAGOANO DE MÚSICA ERUDITA – 40.000,00
RUMOS E RUMORES – 40.000,00
MASSALA – CIRCULAÇÃO – 30.000,00
RÁDIO CABEÇA – 30.000,00
DVD PROJETO PALCO ABERTO – 12 ANOS – 40.000,00
– Artes Cênicas
ESPETÁCULO VOLANTE DE PRAÇA EM PRAÇA – 30.000,00
A VELHA – 40.000,00
CADÊ MEU NARIZ?! – II ENCONTRO DE PALHAÇO DE MACEIÓ – 80.000,00
VOLTA À SECA – REVENDO O CANGAÇO EM ALAGOAS – 30.000,00
ENTRE RIO E MAR, HÁ LAGOANAS – 40.000,00
COMPANHIA DOS PÉS 16 ANOS – 50.000,00
ESPETÁCULO – A FARSA DA BOA MOÇA – 30.000,00
Clique aqui e confira a publicação no Suplemento do DOM com a lista dos projetos selecionados.
Clique aqui para conhecer a comissão julgadora dos projetos.
Fonte: Secom Maceió com Ascom Fmac
Reunião de mobilização pró Fenal
Nessa quinta-feira(03.12), ocorreu uma importante reunião entre representantes do Movimento Social Negro na sala do Núcleo de Estudos Afro Brasileiros da Universidade Federal de Alagoas (Neab-Ufal) em Maceió.
O objetivo foi fortalecer a organização sociopolítica, divulgação de informes e debate sobre a rearticulação do Fórum de Entidades Negras de Alagoas (Fenal).
O Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô – entidade alagoana vinculada aos Agentes de Pastoral Negros do Brasil (APNs) – marcou presença na reunião, sendo representada pela presidenta Maria Madalena da Silva e o membro Benedito Jorge da Silva.
Outros momentos serão agendados para ampliar o debate.